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Latam 07/07/2015

Brasil: Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas

Maior produtor brasileiro do tubérculo tradicional do prato feito do brasileiro, o estado vem atraindo desde o ano passado investimentos de conhecidos e novos empreendedores da indústria de batatas processadas.

Nem minério de ferro, nem café. A produção de batata é que começa a dar o exemplo do potencial de valorização do produto agrícola em terras mineiras, alimentando uma cadeia extensa de emprego e renda gerados das lavouras ao processamento industrial, e envolvendo fornecedores e prestadores de serviços. Maior produtor brasileiro do tubérculo tradicional do prato feito do brasileiro, o estado vem atraindo desde o ano passado investimentos de conhecidos e novos empreendedores da indústria de batatas processadas. Os recursos correm atrás e ao mesmo tempo impulsionam as plantações do Sul de Minas e do Alto Paranaíba, que se destacam pelo uso de tecnologia, a alta produtividade, e a topografia favorável ao cultivo.

Há apenas sete meses, a fábrica de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, da multinacional PepsiCo passou a responder pela produção brasileira da batata-frita Lay’s, depois de receber investimentos em know how de última geração na industrialização do produto. Em janeiro, foi a vez de a mineira Sérya Alimentos ligar suas máquinas em Araxá, no Alto Paranaíba, ingressando no sofisticado segmento de especialidades de batatas congeladas, produzidas a partir da batata ralada ou do purê. Orçada em R$ 30 milhões, a empresa conta com o capital e as plataformas de vendas e distribuição da mineira Forno de Minas, tornando-se a primeira empresa brasileira do ramo.

Outra fábrica está sendo erguida no município de Perdizes, distante 50 quilômetros de Araxá, pela indústria mineira de alimentos Bem Brasil. A nova unidade, que deverá iniciar suas operações no segundo semestre do próximo ano, abrindo 380 empregos diretos, mais que dobra a capacidade de produção da companhia, hoje de 100 mil toneladas por ano de batatas pré-fritas congeladas em Araxá.

Se depender da disposição das empresas, a despeito da crise da economia, produtores rurais e indústrias tendem a escrever um capítulo importante das iniciativas em Minas de agregar valor aos chamados produtos básicos. O presidente da Forno de Minas, Helder Mendonça, revela que a intenção dos sócios da Sérya Alimentos é mergulhar nas possibilidades que um mercado novo para o Brasil – o de especialidades – oferece, ainda abastecido de forma predominante pelos produtos importados, com a vantagem de dispor do fornecimento da matéria-prima de qualidade, na prática, às portas da fábrica.

MAIS FRESCAS “Estamos inseridos na maior região produtora e isso permite usar a batata colhida no dia, o que garante frescor ao produto. Possibilita, ainda, o desenvolvimento de produtos para serem assados em casa e a oferta durante todo o ano também nos dá um diferencial frente aos concorrentes estrangeiros”, afirma. Além das duas marcas lançadas pela fábrica, que tem capacidade para produzir 12 mil toneladas por ano, rodando em três turnos com 60 empregados diretos, estão previstos mais dois lançamentos importantes, a batata noisette e a do tipo sorriso, de vários formatos.

Os números do consumo no país são, da mesma forma, animadores para a Bem Brasil. A companhia avalia dia após dia as projeções do mercado, que, em 2014, indicaram volume de 388 mil toneladas de batata pré-frita congelada, representando 4,8% mais na comparação com 2013. A expansão da empresa foi de 6,7% no período, portanto, um desempenho superior ao que teria sido registrado para os produtos importados, de 4,5%. As estimativas iniciais em 2015, que tem se mostrado preocupante devido à piora de alguns indicadores da economia, sugerem 440 mil toneladas do produto, o que significaria alta de 13,4% frente a 2014, acima das estimativas para o crescimento do país.

A coordenadora de Marketing da Bem Brasil, Juliana Monteiro, diz que, apesar dos desafios maiores, a política da empresa visa o desenvolvimento no médio prazo. “Sabemos que quanto maiores são as dificuldades, maiores são a competitividade e a concorrência como desafios”, ressalta. O mercado de batatas processadas é considerado promissor no país. Só o consumo anual de batata palito pré-frita congelada é estimado em 400 mil toneladas, proporcionando receita ao redor de R$ 1,5 bilhão. A cifra inclui batatas chips onduladas, lisas, palha e congeladas.

EFICIÊNCIA NO CAMPO Nas lavouras, a produtividade tem mostrado a que veio, como ponto forte em apoio à cadeia do processamento. A produção por hectare dos bataticultores mineiros tem sido, sistematicamente, superior à média nacional nos últimos 14 anos, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa neste ano é de uma colheita de 31.463 quilos por hectare no estado e de 27.903 kg/ha no Brasil. A oferta não seria um problema para a agregação de valor à cultura, na avaliação do superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez.

A produção mineira vem gravitando desde 2003 próxima ou um pouco acima de 1 milhão de toneladas por ano, o suficiente para o abastecimento interno e de outros estados. “No que nós precisamos trabalhar é na diferenciação da batata para os diferentes tipos de consumo e isso não é muito internalizado pelo próprio cliente”, afirma. A valorização dos preços, que contribui para tornar mais rentável o agronegócio, é, por sua vez, um indicador do caminho que o estado poderá trilhar na industrialização. Tomando-se como exemplo a batata palha, cada quilo do produto in natura vendido a R$ 1 passa pelo processamento ao custo de produção de R$ 7,50 e o produto final costuma ser vendido ao redor de R$ 10 por quilo.

Fuente: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/07/06/internas_economia,665325/apesar-da-crise-producao-de-batatas-atrai-investimentos-em-minas.shtml


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