McCain aspira a que Brasil se consolide como mercado de papas fritas congeladas
Plan de dominación de mercado en el país iniciado en 2018; ahora, McCain construye una fábrica en Minas Gerais para escalar la producción

Seja em lojas do Burger King, do McDonald’s ou dentro de casa, as batatas da marca McCain são figuras conhecidas no Brasil: segundo a empresa, anualmente, são importadas 650 mil toneladas de batatas pré-fritas e congeladas para o país. E o objetivo da companhia canadense de alimentação é ter um espaço esmagador nas cozinhas brasileiras.
Atualmente, o Brasil é o quinto maior mercado de batatas congeladas no mundo, mas a expectativa da McCain é que, até 2024, o país se torne o 3º na lista, com cerca de 850 mil toneladas para consumo, atrás apenas do Reino Unido e dos Estados Unidos.
O plano de dominação do mercado de batatas congeladas da McCain por aqui começou em 2018, quando a companhia adquiriu 49% da Forno de Minas, e continuou em 2019, com a compra de 70% da Sérya, empresa brasileira de produtos pré-formados de batata. A construção de uma fábrica em território brasileiro, então, foi o próximo passo.
O centro de produção da McCain no Brasil fica em Araxá, em Minas Gerais, e foi construído em agosto deste ano. Para isso, foram investidos US$ 150 milhões. Em comunicado à imprensa, a empresa afirmou que a abertura da fábrica “é o reflexo do foco da empresa no mercado brasileiro, que já é um dos maiores para a categoria”.
“Ter a nossa primeira fábrica de batata pré-frita congelada no Brasil, nos dá um grande orgulho, ainda mais vindo de uma pandemia com todos os desafios que isso representava”, disse Aluízio Periquito Neto, diretor-geral da McCain no Brasil em comunicado.
“O Brasil é um dos principais mercados para a McCain. Com a nova fábrica, vamos conseguir potencializar a produção e a distribuição de nossos produtos, com mais eficiência no abastecimento, além de melhorar nosso nível de serviço no mercado local”, comentou.
Batatinha quando nasce...
A aposta da McCain no Brasil não é injustificada. O mercado de batatas congeladas na América Latina tem crescido abundantemente nos últimos anos. Em 2021, o faturamento da indústria foi de US$ 5,47 bilhões na região, segundo uma pesquisa do Market Data Forecast.
A expectativa de crescimento anual é de 6,6%, alcançando US$ 6,6 bilhões até 2026, com um aumento acelerado de consumo, especialmente no Brasil e na Argentina. A pesquisa também mostra que a McCain é um dos principais nomes na América Latina, à frente de outras empresas como a Lamb-Weston e a J.R Simplot.
No Brasil, segundo uma pesquisa realizada pelo IFB (Instituto Foodservice Brasil), em parceria com o Instituto de Pesquisa IPESO, a marca é a mais lembrada quando o assunto é batata frita congelada entre os comerciantes, sendo mencionada por 33,4% dos participantes, seguida pela Bem Brasil (12,6%) e Sadia (6,1%). Para a pesquisa, foram ouvidos 760 estabelecimentos.
Globalmente, o mercado de batatas pré-fritas e congeladas movimenta US$ 58,5 bilhões. Daqui a dez anos, em 2032, o valor deve subir para US$ 92,4 bilhões, segundo o Future Markets Insights, que ainda aponta que as vendas de batatas congeladas provavelmente responderão por 6% da demanda mundial pelo produto. O estudo afirma que o segmento de batatas fritas tem uma participação de 42,3% nas vendas globais entre uma série de produtos, e apresenta um crescimento anual previsto de 2,9%.
Segundo os pesquisadores, isso acontece por conta do aumento da popularidade dos restaurantes de fast-food e do consumo de alimentos vendidos nesses locais, como as próprias batatas fritas, o que, automaticamente, retroalimenta o mercado de batatas congeladas.
No entanto, a marca líder em vendas no país é a Bem Brasil, apesar de a McCain fazer a cabeça de quem vende. A pesquisa “Cinco Mais” deste ano, elaborada pela consultoria Nielsen, em parceria com a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e a revista SuperVarejo, mostra que a marca brasileira foi a que mais vendeu no país, seguida pela McCain e pela Golden Foods. Ao Diário do Comércio, o diretor-geral da empresa afirmou que pretende aumentar a produção do alimento em 30%, sem abrir quais são os números anteriores.
Fuente: