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Latam 10/07/2015

Brasil: Batata agroecológica gera oportunidades para famílias agricultoras da Borborema

Entre os dias 29 de agosto e 02 de setembro, agricultores de sete municípios do Território da Borborema, participarão de Oficinas de capacitação para a produção agroecológica da batatinha.

A batata (Solanum tuberosum L.), também conhecida como batatinha, batata inglesa, batata americana, é uma cultura de grande importância econômica e social para agricultura familiar no agreste paraibano. Hoje ela vive um momento de revitalização na região, o que levou organizações de agricultores, entidades assessoras e órgãos públicos a unirem esforços e promoverem uma série de atividades para garantir uma produção de alta rentabilidade, mas também livre de agroquímicos, sem agredir o meio ambiente e adaptada à realidade da agricultura familiar.

O Polo da Borborema, a EcoBorborema, a AS-PTA, a Secretaria Estadual da Agricultura Familiar, a Embrapa, a Emater, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Arribaçã são responsáveis pela condução desse trabalho de revitalização da batatinha na região.

As oficinas têm objetivo de capacitar os agricultores na produção de batata sementes para uso próprio seguindo os princípios agroecológicos, de forma a promover a autonomia das famílias agricultoras na produção das safras seguintes.

Na programação da oficina, além das atividades técnicas e práticas de campo, estão previstos debates e a reconstituição histórica da presença da batatinha na região da Borborema. Afinal, em outras épocas, a produção dessa cultura levou muitos agricultores a se endividarem, a se intoxicarem e a contaminarem as fontes de água. Esse cenário desolador foi resultado do modelo de produção adotado naquele momento. Entre os anos 1970 e 1980, os incentivos do governo e o financiamento dos bancos para o cultivo da batatinha eram totalmente atrelados à aquisição de um pacote, que incluía a compra de sementes melhoradas, fertilizantes químicos e veneno. Além disso, os agricultores que quisessem plantar a batata tinham que seguir o regime da monocultura, abandonando os outros cultivos que muitas vezes garantiam o consumo de alimentos da família. Com o tempo, porém, a batatinha deixou de ser uma cultura altamente rentável – à qual cerca de 80% dos agricultores se dedicavam – para ser altamente onerosa, do ponto de vista econômico, social e ambiental.

Diante do declínio, muitas famílias abandonaram o cultivo, mas outras tantas continuaram a plantar de forma agroecológica, consorciada com outras culturas e sem o emprego de produtos químicos. É o caso de Seu Zé Balbino, da Comunidade Estivas, Areial, Robson Gertrudes, na Comunidade Retiro, município de Lagoa Seca e Antônio dos Santos, mais conhecido como seu Galego, da comunidade de Gravatazinho, também do município de Areial.

Esses e outros exemplos de sucesso estimularam o movimento de revitalização do plantio da batatinha, mas o fato decisivo ocorreu em 2009, quando a Embrapa trouxe de Canoinhas (SC) quatro variedades para serem multiplicadas em propriedades de três agricultores do Polo da Borborema. As sementes tiveram boa adaptação na região, o que desencadeou uma mobilização intensa, por meio de visitas de intercâmbios de agricultores de vários municípios e um momento de socialização dos resultados de análise das variedades. Essa atividade tem o apoio do Projeto Terra Forte, realizado pela AS-PTA e conta com o co-financiamento da ICCO e da União Europeia.

Segundo Emanoel Dias, da AS-PTA, a integração entre os conhecimentos científicos e a sabedoria dos agricultores na produção da batata é o grande diferencial e potencial da oficina. Ele também explicou que o contexto atual é bastante favorável: Em 2010, com a mudança do Governo do Estado da Paraíba e a criação da Secretaria da Agricultura Familiar, os resultados obtidos nos campos de multiplicação em 2009 sensibilizaram o governo, que então mobilizou recursos para a compra de 940 caixas de batatas-sementes. Só no último mês, 104 famílias de sete municípios já plantaram as sementes e estão com seus campos bem conduzidos, utilizando produtos naturais para o manejo da cultura.

Além disso, e do fato de a Borborema ser a única região da Paraíba com potencial ambiental para a produção da batatinha, hoje surgiram mais oportunidades para as famílias escoarem a produção da batata agroecológica, tais como as feiras agroecológicas, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae) e para a empresa de orgânicos Rio de Una.

Fuente: http://aspta.org.br/2011/08/batata-agroecologica-gera-oportunidades-para-familias-agricultoras-da-borborema/


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